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тιтᴀɴoᴍᴀⲫᴜιᴀ.



Desde os primeiros dias do mundo, o Tártaro, um abismo sem fim que se estendia além da própria realidade, foi o cárcere eterno dos Titãs — criaturas antigas e imortais, derrotadas pelos próprios deuses olímpicos. O selo mágico que aprisionava essas forças de destruição foi forjado com sangue divino, protegido por deuses e heróis lendários, e considerado indestrutível. Mas, como todo segredo guardado por milênios, ele começou a se desfazer nas sombras, enfraquecido por forças que poucos podiam compreender.

Era para ser uma guerra esquecida, uma história enterrada no fundo do tempo. Mas, como uma fenda no céu antes de uma tempestade, sinais de algo terrível começaram a surgir. O mundo tremia com anomalias, como um eco distante de um passado que se recusava a ser apagado. E então, o impossível aconteceu: o selo do Tártaro, criado para manter os Titãs aprisionados, começou a se romper. Cada fratura era um passo mais perto da ascensão dos antigos deuses caídos.

Os primeiros sinais de que algo estava acontecendo foram discretos, pequenos demais para serem notados por aqueles que habitavam o mundo mortal e até mesmo pelos próprios deuses. Relâmpagos estranhos rasgavam os céus, monstros mais selvagens e organizados começaram a surgir, e rumores sussurrados por ventos antigos falavam de um despertar iminente. Mas quando um grupo de cultistas misteriosos, ligados aos remanescentes seguidores de Cronos, iniciou um ritual proibido, o selamento se quebrou de vez. E com isso, o Tártaro começou a liberar suas prisões.

Cronos, o mais terrível dos Titãs, o devorador do tempo, foi o primeiro a despertar de seu sono eterno. Sua força, há muito contida, reverberou através do mundo. Ele sabia que seu momento tinha chegado. A vingança estava em seus ossos, e a sede pelo poder de novo dominava sua mente imortal. Seu único desejo era retomar o controle do mundo, destruir os filhos dos deuses que o haviam aprisionado e recriar o universo sob seu domínio.

Mas Cronos não estava sozinho. Os filhos do Titã — Reia, Oceanus, Hyperion, e outros — começavam a reunir seus próprios exércitos, enquanto criaturas titânicas e monstruosas saíam das profundezas do Tártaro. O que havia começado com uma brecha pequena rapidamente se tornava uma guerra sem igual, uma batalha entre o passado e o presente, entre os que nasceram para governar e os que governam por direito.