MEU QUERIDO KIBA,

Caso, um dia, você encontre toda essa pataquada que fiz para te reencontrar, espero que, pelo menos, você possa rir um pouquinho.

Sendo sincera, acredito que você nem esteja mais perambulando por aqui, e no fundo, é o que desejo. Desejo que esteja feliz, bem, que tenha feito tudinho o que queria fazer.

Foram vários anos que passamos longe um do outro, e acredito veemente que você não pensa mais em mim, e não te culpo. Confesso que essa saudade que sinto de você vem e vai, como uma nostalgia irritante, uma dorzinha no peito. Mas, dessa vez, quando lembrei de você, quando abri o Skype e as nossas antigas mensagens carregaram... ah, baby, quis tanto te rever, falar com você uma vez mais.

Li, reli, durante a madrugada, durante o dia. Sei que você não vai aparecer lá novamente, não há razão. E, bem, isso daqui é minha última cartada — não sei mais de onde tirar tanta carta.

Sei que tivemos altos e baixos, mas acho que, ainda que tenhamos nos afastado de um jeito tão idiota, e ainda que você nunca vá ler isso aqui (infelizmente, é o que acredito que acontecerá), espero que, de alguma forma, esse carinho que sinto por você, esse carinho que eu nem lembrava que tinha, chegue em você, baby.

A droga de tudo isso? Essa música, que você dedicou para mim... argh, não paro de ouvir, de me sabotar, deixando que isso entre na minha mente.

No fundo, quero sim acreditar que, um dia, eu vou "te entregar todos os beijos que eu não te dei".

E, bem, era você quem tinha "os olhos tão gigantes, e a boca tão gostosa".

Não queria dizer que eu te amo, porque, no fim, nem nos conhecemos mais, mas... ah, eu amo você.

"Eu sei, vai dar errado

A gente fica longe,

E volta a namorar depois..."

Te quero bem, sempre.

Sua Harl.