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#teste 01

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Há um momento em que a alma é apenas um véu delicado, uma folha branca imaculada onde o mundo ainda não escreveu sua história de brutalidade. Nesse espaço intocado, sou apenas uma promessa, um murmúrio de pureza sagrada. Minha vida é uma dança de orações e silêncios; as palavras de fé caem dos meus lábios com a leveza de uma pluma que se move ao vento suave. Estou cercada pelo cheiro do incenso e das velas, a própria luz me abraça, como se quisesse preservar para sempre a pureza que habita em mim. Aqui, ainda sou apenas um botão fechado, esperando o toque suave do divino para desabrochar, mas a flor permanece intocada, virgem do mundo, virgem de si mesma.

No entanto, mesmo dentro desse jardim de serenidade, há uma sombra que eu não compreendo, uma curiosidade adormecida que se insinua em meus pensamentos. É um sussurro suave, quase imperceptível, como uma promessa de algo além deste paraíso sereno. Mas eu não me atrevo a abrir os olhos para ele. Meu coração permanece fechado ao desconhecido, e eu me deixo levar pela corrente da fé, onde a inocência é uma armadura e a ignorância um bálsamo. Ainda sou a filha da luz, banhada pela promessa de uma pureza eterna, ainda intocada pelo toque áspero do mundo.